Quem sou eu

Nascido em 1868, ficou conhecido como uns dos primeiros fundadores da ABL, mesmo sem ter publicado nenhum livro. Obra mais conhecida: Canaã. Esta conhecida como o primeiro romance brasileiro ideológico. Foi um dos grandes influênciadores do pré-modernismo na literatura brasileira.

terça-feira, 17 de março de 2009

Dados

Trabalho realizado a disciplina de literatura do Colégio Evangélico Alberto Torres, pelas alunas do terceiro ano do ensino médio Daniela Schorr, Lígia Fauri, Luana Kremer e Priscila Zanella com acompanhamento da professora Rosiene.


Lajeado, março de 2009

Fontes

pt.wikipedia.org
pt.shvoong.com
WWW.algosobre.com.br
WWW.mundocultural.com.br
WWW.aliteratura.kit.net

Obras

Canaã - 1902
Malazarte - 1911
A Estética da Vida - 1921
Espírito Moderno - 1925
Futurismo (manifesto de Marinetti e seus companheiros) - 1926
A Viagem Maravilhosa - 1929
o manifesto dos mundos sociais - 1935

Aspectos Históricos

O ano de 1922 ocorreu a gestação da Semana da Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo. Durante a exposição que aconteceu no mês de fevereiro, que interessava a realizar amostras com artistas da época, fazendo uma semana de “escândalos literários e artísticos”, renovando o ambiente artístico e cultural. A semana de 22, como conhecida, revelou a existência de um pensamento artístico ao mesmo tempo sintonizado com as vanguardas européias e procurando encontrar uma identidade para a arte produzida no país.
Iniciou -se uma fase agitada no país, alvo de críticas. Sendo um época de turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais. Novas vanguardas surgiram e o mundo espantava com as novas linguagens sem regras, não sendo entendida na época.
No dia 13 de fevereiro (segunda-feira), várias pinturas e esculturas se espalhavam pelo saguão, que gerava espanto da parte de público. Graça Aranha abriu o espetáculo com uma conferência confusa “A emoção da Arte Moderna”.

Resumo da Obra CANAÃ

Milkau, alemão, recém-chegado, o a uma colônia de imigrantes europeus, no Espírito Santo, aluga um cavalo para ir do Queimado à cidade de Porto do Cachoeiro. Junto com ele vai o guia, um menino de 9 anos, filho de um alugador de animais, no Queimado. Finalmente, chega ao sobrado do comerciante alemão, Roberto Schultz, em Cachoeiro. Na parte inferior do edifício fica o armazém, onde é negociada toda sorte de produtos. É apresentado a outro imigrante, von Lentz, filho de um general alemão. Milkau deseja arrematar um lote de terra para se estabelecer. Schultz apresenta-lhe o agrimensor, Sr.Felicíssimo, que está para ir ao Rio Doce fazer medições de terra. Milkau, desejando aí se estabelecer, decide se juntar ao agrimensor e convida o indeciso Lentz para acompanhá-lo.
Milkau vê na fusão das raças adiantadas com as selvagens, o rejuvenescimento da civilização.
Enquanto acredita na humanidade, pensa encontrar no Brasil Canaã, "a terra prometida". Lentz só se ocupa da superioridade germânica, ficando enaltecido com o triunfo dos alemães sobre os mestiços. Para ele, a mistura gera uma cultura inferior, uma civilização de mulatos que serão sempre escravos e viverão em meio a lutas e revoltas.À noite, reúnem-se a Felicíssimo e ouvem de alguns homens da terra e dos trabalhadores alemães lendas, evocando o Reno e despertando saudades. Os planos dos dois imigrantes diferem; Milkau deseja manter seu pedaço de terra e anseia por uma justiça perfeita sem ganâncias ou lutas. Lentz está determinado a ampliar sua propriedade, ter muitos trabalhadores sob seu comando. Sonha com o domínio do branco sobre o mulato, numa confirmação de seu poder.
Após as medidas tomadas por Felicíssimo, Milkau pode levantar sua casa e Lentz deixa-se ficar, triste e angustiado, incapaz de abandonar o companheiro, dedicando-se às viagens e compras da casa. No trajeto, encontra-se sempre com um velho colono alemão taciturno, em companhia de seus cães ferozes, mas fiéis. Mais tarde, encontrará esse velho morto em casa, guardado pelos animais e devorado pelos urubus.
Acontece uma festa no sobrado de Jacob Müller. Milkau diz a Lentz que era isso o que buscava: uma vida simples em meio à gente simples, matando o ódio e esquecendo da dor. Lentz vê em tudo aquilo uma existência vazia e inútil. Milkau conhece, nesse dia, no sobrado de Müller, uma colona, Maria Perutz, que não consegue mais esquecer o encontro com o rapaz. A história de Maria é triste e solitária. Ela e a mãe moravam com um velho, seu filho, a nora Ema e o neto, Moritz Kraus. Repentinamente, Kraus falece e a situação na casa de Maria se modifica. Ema e o esposo decidem separar a moça do filho, temendo uma aproximação amorosa. A família quer ver Moritz casado com a rica Emília Schenker e o enviam para longe de Jequitibá. O rapaz parte com certa alegria, deixando Maria desgostosa, pois os dois já eram amantes.Franz Kraus é procurado por um Oficial de Justiça que, desejando saber porque a morte do velho não foi notificada, passa-lhe um documento sobre a necessidade de arrolamento dos bens de Augusto Kraus. O grupo se instala na casa e passa a chamar os colonos, amedrontando-os com extorsões e violências. Após a visita, cobram de Franz Kraus a alta importância de quatrocentos mil réis, além de demonstrarem certo interesse em Maria, notadamente o procurador Brederodes. Kraus sente-se ultrajado e roubado. A vida de Maria por essa época piora. Maria aguarda desesperadamente o retorno de Moritz para lhe contar sobre o filho que espera. Os pais do rapaz não tardam perceber o que se passa. Passam o dia a cochichar, a tramar para se verem livres dela. Tratam-na com mais rigor, não lhe dão quase comida, dobram-lhe os trabalhos. Uma manhã, trêmula e exausta deixa cair um prato. Encolerizada, Ema grita para que ela abandone a casa. Amedrontada, arruma uma trouxa e sai. Pede auxílio ao pastor, mas esse, dominado pela cunhada, docemente afasta Maria que parte para a vila em busca de abrigo.
Maria encontra uma estalagem, onde empenha a trouxa de roupa em troca de comida e abrigo. A dona do estabelecimento lhe dá dois dias para encontrar um emprego, mas a busca é em vão. Certo dia, na hora do almoço, Milkau reconhece Maria na estalagem. Ao saber de sua história, prontifica-se a ajudá-la, levando-a para a casa de uns colonos.Um dia trabalhando no cafezal, começa a sentir as dores do parto. Temendo retornar à casa, resiste até cair e, esvaindo-se em sangue, dá luz ao bebê. Alguns porcos, que estavam nas proximidades, correm para lambê-los, mordendo o bebê que falece. A filha dos patrões chega nesse instante e, sem nada perguntar, volta à casa, dizendo que Maria tinha matado o bebê e dado a criança aos porcos. Dois dias depois, Perutz estava presa na cadeia de Cachoeiro.
A população germânica, horrorizada com o crime de Maria, prepara-se para a vingança e o exemplo. Pede-lhes que deixem a punição da mãe assassina para os alemães. O procurador Brederodes, ignorado por Maria na época, insiste em puni-la para que aprenda a não ser tão orgulhosa. Chama todos os alemães de hipócritas e parte, deixando Shultz desmoralizado. Milkau fica sabendo do destino de Perutz e o encontro com ela em Cachoeiro choca-o. Volta a vê-la dias seguidos, passando a ser olhado com desprezo e desconfiança, pois, talvez, fosse o amante. Repelido pelos moradores, resigna-se com a condição de inimigo, permanecendo ao lado de Maria. Certa manhã, estando em companhia de Felicíssimo, Milkau encontra Maria, sendo levada por dois soldados para o tribunal. Em cada fase do julgamento, é apontada culpada. Milkau acompanha todas as sessões, chegando a ficar amigo do juiz Paulo Maciel. Este lhe diz que o final não será feliz, pois os depoimentos não deixam brecha para a inocência.
A avaliação não é das melhores. O juiz impossibilitado de fazer justiça por uma série de circunstâncias observa que a decadência ali existente é um "misto doloroso de selvageria dos povos que despontam para o mundo, e do esgotamento das raças acabadas. Há uma confusão geral".
Finalmente, numa noite, Milkau tira Maria da prisão e foge com ela, correndo pelos campos em busca de Canaã, "a terra prometida", onde os homens vivem em harmonia."
(Apostila 5 de Pré-Modernismo - Literatura Brasileira)
http://www.jayrus.art.br/Apostilas/LiteraturaBrasileira/PreModernismo/Graca_Aranha_CANAA_resumo.htm

Vida

José Pereira Graça Aranha nasceu em 21 de junho de 1868, na cidade do Maranhão. Vindo de uma família conhecida, rica e culta, formou-se em direito na Faculdade do Recife onde foi aluno de Tobias Barreto, que mais tarde marcaria sua vida. Exerceu cargos de juiz de Direito, no Rio de Janeiro e no interior do Espírito Santo, onde conseguiu materiais para montar seu romance Canaã. Também exerceu cargos de diplomata na Europa. É conhecido como um “imortal da academia Brasileira de Letras”, pois foi um dos seus fundadores em 1897, sem mesmo ter publicado um livro. Tudo começou quando apresentou algumas partes de sua obra, Canaã, para Machado de Assis e Joaquim Nabuco.
Apresentava uma visão artística e filosófica de uma maneira distinta para sua época e muitas vezes contraditória. Uma de suas grandes influências foi pela vivência com movimentos pré-simbolistas na Europa, enquanto exercia sua carreira de diplomata brasileiro nos arredores. Podia-se perceber que estes manifestos tiveram seus respingos na literatura que por ele foi introduzida no Brasil.
Em 1902, sua obra mais conhecia foi publicada: Canaã. Foi considerada como o primeiro romance ideológico brasileiro, pois discute o histórico político do Brasil
Muito consagrado dentro da elite intelectual brasileira, escreveu um drama que fora encenado em Paris, não fez apenas contribuições para a Semana da Arte Moderna: em 1924, em uma conferência na Academia, manifestou que ter fundada a mesma foi um erro, alegando a não aceitação das idéias modernistas. Depois disto não influência mais sobre grupo modernista.
No dia 26 de janeiro de 1932, falece no Rio de Janeiro.